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quarta-feira, 25 de junho de 2008

O Cozinheiro do Rei D. João VI


Pela mão da Esfera dos Livros, o prestigiado chefe de cozinha Hélio Loureiro, conhecido pelo trabalho desenvolvido no Porto Palácio Hotel, pelo programa “Gostos e Sabores” da RTP-N e colaboração com revistas da especialidade, estreia-se agora enquanto romancista com “O Cozinheiro do Rei D. João VI”. Mais uma vez, o período das invasões francesas em Portugal, a fuga da corte para o Brasil e o início do regime liberal servem de pano de fundo para uma história onde os ingredientes, aromas e temperos se misturam com as intrigas da corte. António Vale das Rosas servirá a D. João VI as mais belas e requintadas iguarias, desde entradas e sopas, doces e carnes, conquistando assim o apreço e consideração do rei. A certa altura, o protagonista será confrontado com uma verdadeira teoria da conspiração, ficando nas suas mãos o destino do país e do seu rei e amigo. Entrecortadas com a história, surgem deliciosas receitas que irão certamente aliciar o leitor a tentar a sua sorte no mundo da cozinha e a sentir-se um verdadeiro rei…

Antologia Pessoal da Poesia Portuguesa


A editora Campo das Letras reúne nesta obra a selecção pessoal do escritor Eugénio de Andrade no que respeita à poesia portuguesa. Desde o século XIII à actualidade, muitos são os nomes e textos eleitos. De Dom Dinis a Gil Vicente, de Bernardim Ribeiro a Camões, passando por Bocage, Antero de Quental, Cesário Verde, e pelo grande e único Fernando Pessoa. Já mais perto dos nossos dias, Miguel Torga, Sophia de Mello Breyner, Carlos de Oliveira, Cesariny, António Ramos Rosa, Herberto Helder e Ruy Belo, entre outros, são alguns dos poetas que marcam presença nesta recolha de Eugénio de Andrade. Esta “Antologia Pessoal da Poesia Portuguesa” pode constituir para os leitores e apreciadores do género um ponto de referência, onde se podem ler ou reler as palavras que construíram a nossa identidade e património literário. De notar que se trata de uma encadernação de capa dura e de grande qualidade, merecedora de fazer parte de qualquer biblioteca que se preze.

Mil Amarras Me Prendem À Vida


Silvia Bonino, professora de Psicologia do Desenvolvimento na Universidade de Turim, apresenta em “Mil Amarras Me Prendem À Vida” uma reflexão em vários capítulos sobre a doença crónica e todas as suas implicações na esfera pessoal do doente, desde a família ao trabalho, passando pela relação com os outros e com o seu íntimo. Partindo de considerações científicas rigorosas e do seu próprio problema de saúde, a autora decide escrever este livro após conhecer uma outra mulher, seguida no mesmo hospital. Em cinco grandes partes, a autora debruça-se sobre o papel do doente enquanto actor da sua própria evolução e adaptação, o sentido da vida, a reconstrução da identidade, aspectos de importância psicológica como a culpabilidade do doente, o cansaço, a depressão, mas também o optimismo e a força do pensamento, a relação terapêutica e, finalmente, as problemáticas dos relacionamentos do doente. Pela Quarteto Editora, chega até nós este útil instrumento para ajudar a aprender a “(con)viver com a doença”, seja ela qual for.

O Meu Nome É Salma


Da colecção Contemporânea das Publicações Europa-América, o romance “O Meu Nome é Salma", da autoria de Fadia Faquir, narra a história de uma mulher muçulmana cuja honra foi violada por ter vivido a experiência do amor proibido e que foi forçada ao exílio. Por ter engravidado antes de casar, Salma vê a sua filha ser-lhe arrancada dos braços e, já de honra manchada e para sua própria protecção, é obrigada a mudar-se para a cidade sombria de Exeter, na Inglaterra. Se não o fizesse, poderia vir a ser morta pelo próprio irmão para salvar a honra da família. Apesar de se adaptar ao modo de vida ocidental, aprendendo os costumes e as maneiras dos europeus com a sua senhoria e com o seu companheiro, Salma não consegue arrancar do coração nem da lembrança o choro da sua bebé. Quando a angústia se torna insuportável, decide regressar à aldeia do Levante, para a procurar. Numa viagem de tudo ou nada, desafiando um destino há muito traçado, Salma reunirá todas as suas forças e coragem tendo em vista um único fim. Uma história tão intemporal como os próprios sentimentos de amor e o ódio.

quarta-feira, 4 de junho de 2008

No Fundo de Uma Garrafa de Whisky


Jorge Lobo começou a beber aos nove anos e a trabalhar em rádio e no mundo da noite como DJ aos quinze. As discotecas de Leiria abriram-lhe as portas, encontrando-se hoje a trabalhar no Beat Club. Desde tenra idade bebia álcool diariamente e, no pico da sua dependência, chegou às duas garrafas de whisky por dia. Só alcançou o sossego à décima tentativa de desintoxicação, no Centro Regional de Alcoologia em Coimbra, corria o ano 2000. “No Fundo de Uma Garrafa de Whisky”, chancela da Guerra e Paz, constitui um livro essencial para entender o mundo do álcool em Portugal, prevenir o seu consumo e, em última instância, recuperar alcoólicos. A história de Jorge Lobo, igual a tantas outras, relatada em estilo vivo por Nuno Henriques, estudante de Jornalismo, conta ainda com os testemunhos preciosos de alguns profissionais de saúde como o médico João Castel-Branco Goulão, Presidente do Conselho Directivo do Instituto da Droga e da Toxicodependência, que, no Prefácio ao livro, destaca o exemplo de persistência e coragem de Jorge Lobo. Para todos os que sofrem do mesmo tipo de problema, este livro é uma mensagem de esperança e uma prova de que o tratamento é possível.

O Povo-Luz e os Homens-Sombra – A Grande Travessia


Criada por Ana Zanatti, a trilogia “O Povo-Luz e os Homens-Sombra” chega ao seu terceiro volume com “A Grande Travessia”, fortemente relacionado com os anteriores “O Segredo da Romã” e “O Planeta Adormecido”. Assistiremos agora ao duelo decisivo entre o Génio da Luz e o Génio da Sombra que um grupo de crianças, liderado por Cassandra e Heleno tentarão impedir, numa aventura fascinante e decisiva para o futuro do Povo-Luz e para o seu próprio futuro. Na sua demanda serão confrontados com várias emoções e personagens que os ajudarão a adquirir coragem e determinação, numa derradeira mensagem de Paz, Compreensão e Amor. Para leitores dos 8 aos 88, esta história ilustrada por Carla Nazareth, prima pelos valores que transmite e pela riqueza de vocabulário. Os termos mais abstractos são muitas vezes explicados em pequenas notas laterais que impedirão os mais novos de perguntar constantemente “O que é…?”. Das Publicações Dom Quixote, esta é uma leitura fundamental para o Verão que se aproxima.

Que Tempo Fará Amanhã?


Integrado na colecção Fórum da Ciência, “Que Tempo Fará Amanhã?”, das Publicações Europa-América, é uma obra que procura responder a questões sobre o clima no ano de 2050, o degelo do Árctico e a irreversibilidade do aquecimento global. Quem procura dar as respostas é um grupo da jovem geração de investigadores. Em vinte capítulos, uns sob a forma de entrevista, outros de ensaio, estes especialistas na área de Climatologia e Meteorologia explicam como será o clima daqui a algumas décadas, devidamente apoiados nas observações que fizeram e na criação de modelos. As conclusões a que chegam estão longe de ser animadoras. A inundação de ilhas e zonas costeiras e a extinção de espécies animais e vegetais são factos a que dificilmente poderemos escapar. No entanto, a discussão quanto às causas e consequências do aquecimento do planeta promete continuar, dada a diversidade de pontos de vista. É ainda de destacar, no final da obra, a lista de sites na internet relacionados com a temática e a lista de vocabulário específico utilizado ao longo do livro.

Os Retornados – Um Amor Nunca Se Esquece


“Os Retornados – Um Amor Nunca Se Esquece” é o romance de estreia de Júlio Magalhães, publicado pela Esfera dos Livros. Trata-se de um regresso à sua terra natal, Angola, onde o autor terá vivido os melhores anos da sua vida. O leitor é conduzido através de uma história de amor que tem como pano de fundo a descolonização portuguesa dos países africanos. Em Outubro de 1975, Carlos Jorge, o protagonista, acompanhado pela sua mulher e filhos, deixa para trás parte da sua vida, rumo a um país que não via como a sua pátria e que seria completamente desconhecido para os seus filhos. A família de Carlos Jorge foi apenas uma dos milhares de famílias que entre 1974 e 1975 fizeram a ponte aérea entre Angola e Portugal. Foram inúmeros os portugueses que tiveram de abandonar tudo, desde as casas, o emprego e até os amigos. Tinham de fugir à violência, à luta entre os vários movimentos independentistas que espalhariam o caos e o terror em Angola, aquele que sempre fora considerado como a jóia do império português. Esta dura realidade espanta Joana, a hospedeira que não conseguiu esquecer o olhar determinado de Carlos Jorge durante a viagem para Portugal. A história dos dois não ficaria por ali…