O seu espírito independente, inquisitivo e inteligente não lhe permitiam, contudo, concordar com todas as palavras do Corão nem com a forma como estas são transmitidas geração após geração. No seu relato, publicado pela Presença, a autora mostra-nos como as exigências do Islão não permitiram que muitas nações africanas se desenvolvessem de modo a aceitarem e promoverem o avanço científico, a comodidade e o conforto da vida moderna, o respeito e a igualdade entre homens e mulheres, entre raças e etnias diferentes.
Inconformada com o destino que a família previra para si, passando por um casamento que não desejava, Hirsi Ali consegue, por sua conta e risco, instalar-se na Holanda, fazer amizades, estudar, trabalhar, tornar-se cidadã holandesa e ser eleita deputada da Câmara Baixa pelo Partido Liberal. Deixara para trás a família mas ajudava-os, mesmo à distância. A liberdade do Ocidente permitia-lhe expor as suas críticas ao Islão e lutar pelos direitos das mulheres entre outras causas. Uma das formas de expressar o seu inconformismo foi através do argumento do filme Submission, de sua autoria, realizado por Theo van Gogh. Devido a este filme, onde se contesta a posição submissa das mulheres muçulmanas, van Gogh seria assassinado e Hirsi Ali perseguida por extremistas islâmicos até aos dias de hoje.
Vale a pena ler este relato inspirador de coragem renovada e determinação apesar de todas as contrariedades sociais, religiosas, políticas e familiares.
1 comentário:
Ouça!... Você própria tb é uma alma rebelde! Então lança-se na escrítica literária assim pela calada, não diz nada aqui à sua old gueije... olhe lá se eu não fosse uma senhora com faro... mas de qqr modo, a menina é o meu orgulho, parabéns!
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