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sábado, 27 de dezembro de 2008

Doce Vida


Riquíssimo! É o adjectivo que ocorre após o contacto com mais esta publicação gastronómica da Esfera dos Livros. Luís Baena, um dos mais conceituados chefs portugueses, actualmente chef do restaurante Terraço – Hotel Tivoli -, traz até nós “Doce Vida”, isto é, cerca de 180 páginas de gulosas sugestões, com a requintada fotografia de Rui Santos. Do alto da sua experiência nacional e internacional, Luís Baena delicia com as suas propostas de sobremesas quentes, frias e geladas, conventuais e festivas. Surpreende ainda com receitas dedicadas à sua própria família ou a outros chefs que admira. Termina com breves apontamentos para acompanhar um chá e um indispensável glossário de pastelaria. Desde os modos de preparação, às importantes dicas e pertinentes sugestões de empratamento, nada escapa ao paladar do autor e ao olhar do fotógrafo, numa edição de grande qualidade. Imprescindível para conferir um toque de actualidade aos doces mais tradicionais e que qualquer um gostaria de pôr na mesa na época que se avizinha.

Um Presente Para o Pai Natal


Pela primeira vez alguém manifesta o desejo de oferecer um presente ao Pai Natal, em vez de fazer um pedido. A ideia parte de Sam, um menino que acha que o Pai Natal já fez muito pela felicidade de todos e que chegou a altura de ser ele a dar alguma coisa ao Pai Natal. A ideia surpreende o próprio velhote gorducho que, em tantos anos, nunca tinha recebida uma carta como a de Sam. O encontro entre ambos, há tanto ansiado, promete fazer vibrar a pequenada e mostra a todos como uma “intenção generosa” é a melhor prenda que qualquer adulto, Pai Natal ou não, pode receber. Renda-se à maravilha desta aventura mágica em 3D onde, a cada página, saltam casas, pinheiros, trenós, crianças e sonhos, muitos sonhos! A história é de David Wood e as ilustrações de Dana Kubick. Para os mais novos, esta pode ser a prenda perfeita neste Natal. Bonita e com coração.

Porto Versus Lisboa


“Uma batalha campal em livro” – este é o subtítulo da obra “Porto versus Lisboa”, publicada recentemente pela Guerra e Paz na sua Colecção Almanaque, o que deixa antever a riqueza e o inesperado do seu conteúdo. Composto por interessantes textos da autoria de António Eça de Queiroz e António Costa Santos, este é um livro divertido, de fácil leitura, com o qual poderemos recordar os principais ex libris das maiores cidades portuguesas. As trocas de ideias sucedem-se sobre os mais destacados símbolos das duas cidades, como o Santo António e o São João, o FCP e o SLB, o Douro e o Tejo, entre outras picardias gastronómicas, históricas, musicais e até anedóticas. Com este primeiro duelo citadino em forma de livro, serão recorrentes as gargalhadas quentes em noites frias de Dezembro. E, no final, quem vencerá, o pastel de Belém ou a francesinha, a ginjinha ou o vinho do Porto? Em última análise, trata-se de um hino às duas belas cidades e às suas ricas diferenças. Este é um livro no qual os ferozes ataques desferidos não são mais do que momentos de boa disposição!

Pavana


Considerado por Anthony Burgess como “um dos melhores romances ingleses do século XX”, “Pavana” conta a história de uma Inglaterra onde o avanço científico deixou de ter lugar. Em 1558, uma Armada Invencível conquistou o país após o assassinato da Rainha Isabel I. Tal acontecimento viria a alterar a História da Europa e do Mundo para sempre. Já no século XX, quem reina é a Igreja Católica. A Inglaterra, essa, encontra-se transformada num lugar de elevada beleza pastoral, onde toda e qualquer tecnologia não passou dos tempos da locomotiva a vapor. No entanto, esta situação não poderá continuar eternamente. Os defensores da tecnologia estão cada vez mais decididos a fazê-la prevalecer e a revolução aproxima-se a passos largos, ameaçando as fundações de toda a nação. A veracidade conferida ao texto de Keith Roberts é tal que a história se torna real e impossível de pôr de lado. Publicado pela Saída de Emergência, esta é uma narrativa de significado ulteriormente lírico que, apesar da complexidade, é fácil de sentir e de explicar. Para o mestre da literatura fantástica da actualidade, George R. R. Martin, “nenhuma história dos últimos trinta anos se aproxima sequer de Pavana”.

O Último Navegador


O primeiro romance de Virgílio Castelo transporta-nos até ao Portugal de “O Último Navegador”. Esta é a história de Benjamim, um professor de História reformado, cujo desespero e amargura o depositam num país alternativo, no ano de 2044. Um país e uma época onde a lamúria e o descontentamento deixaram de ter lugar. Após uma guerra civil sangrenta, o país teria renascido numa monarquia moderna e abraçado a prosperidade e o crescimento. Acabar-se-iam as crises e haveria uma nova capital, Lusitânia. A Rosa, uma psiquiatra de formação e convicção, acompanhará o caso de Benjamin, o desgosto que este sofreu pelo amor de Mariana, pelo suicídio do seu irmão e pela acusação de um crime que não cometeu. O que a confunde, fazendo-a duvidar da sua ciência e da razão, é o facto de Benjamim dizer viver num futuro a mais de três décadas de distância. Rosa ver-se-á envolvida nos meandros do seu drama a todos os níveis. Esta obra da Esfera dos Livros surpreende pela forma como nos leva a pensar e a sonhar o futuro do nosso Portugal. Uma boa leitura para as noites frias de Novembro.

O Livro da Longevidade


Das Publicações Europa-América, surge no mercado “O Livro da Longevidade”, um verdadeiro guia para a vida eterna. Este precioso auxiliar, portador das mais recentes descobertas de médicos especialistas, permitir-lhe-á apagar as linhas do tempo, redescobrir a juventude perdida, viver mais e melhor, aguçar a sua mente e a sua memória e, acima de tudo, retardar o envelhecimento. Para prevenir, travar ou tratar os efeitos do relógio corporal, Edward Claflin e os Prevention Health Books apresentam aqui os resultados de décadas de pesquisa intensiva. Não devendo ser encarado como um manual médico, trata-se, no entanto, de uma obra de referência que o poderá ajudar a tomar decisões criteriosas em relação à sua vida. Dividido em duas grandes partes, as tácticas para parar o tempo e a protecção do corpo, a sua leitura e consulta revelar-se-ão momentos simples e esclarecedores para o mais comum dos leitores.

Nicolas & Nyoka


Nicolas é um jovem cuja visão da vida e de si próprio ficará bastante mais definida após o seu regresso de África. O jovem irá crescer com o relacionamento estabelecido com Nyoka, a cobra pitão que veio escondida no seu saco de viagem após o safari africano. É claro que este não é um comportamento seguro e aconselhável aos jovens, pois uma cobra pitão não é um animal de estimação comum nem aconselhável às crianças. No entanto, aqui, o perigo, o fascínio e o insólito, acompanhados de um grande respeito e cuidado, darão progressivamente lugar a um conhecimento e entendimento perfeitos entre os dois. Esta recente publicação da Dom Quixote prima conseguir estimular a fantasia das crianças de tal forma, levando-as a imaginar-se na situação criada. Trata-se de uma edição bilingue, em português e inglês, dirigida essencialmente a crianças entre os 8 e os 12 anos. No final, apresenta ainda um glossário ilustrado de alguns termos africanos que surgem ao longo da história. A autora, natural de Moçambique e formada em Belas Artes, escreve e ilustra as suas histórias. “Nicolas e Nyoka”, bem como “O Quadro Que Não Quer Acabar” ou “O Cão Que Joga Xadrez”, da mesma autora e editora, são uma pequena grande prenda de Natal a pôr na lista.

Atlas das Espécies em Perigo


O drama da extinção que cerca de 15000 espécies de plantas e animais enfrentam actualmente, serviu de mote a Sally Morgan, que construiu e organizou este guia completo sobre os animais ameaçados e os seus respectivos habitats. Este “Atlas das Espécies em Perigo” encontra-se dividido em oito capítulos, referindo os animais consoante a área do globo onde se encontram, ainda… Da floresta tropical às pastagens temperadas, dos desertos aos pólos e montanhas, passando por oceanos e ilhas, nenhum animal ameaçado foi esquecido. São apresentados vários mapas detalhados dos ecossistemas de todo o mundo, sendo feita uma pormenorizada análise da protecção concedida às espécies abordadas. Os artigos, devida e profusamente ilustrados, sobre espécies como o panda-gigante, o manatim, o mico-leão dourado, os lobos cinzentos, o urso polar ou a tartaruga grega, entre muitas outras, transportam a mensagem da ecologia e da importância das questões ambientais. Conclusão: a perda de habitat e a poluição são apontadas como os principais motivos para a extinção de alguns animais. Mais um livro imprescindível da Campo das Letras.

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Campoamor


Esta recente publicação da Campo das Letras Editores, prefaciada por Urbano Tavares Rodrigues e comentada por Baptista-Bastos, destaca-se pela inovação com que coloca a realidade como objecto de ficção. Trata-se um romance mágico do escritor Hugo Santos. Em “Campoamor” encontramos a história de uma vila alentejana, branca e lenta como só elas o são. Repleta de amores e desejos, ambições e desilusões, intrigas e dramas, as páginas sucedem-se numa leitura fácil mas de perder o fôlego. Deixar-se seduzir por “uma história de encornados, encornadores e pássaros avisadores”, tão familiar a muitos de nós. Será certamente um prazer. Permitir-nos-á colocar em questão os nossos próprios valores e determinadas crenças familiares e sociais. A forma peculiar de Hugo Santos escrever e até de pontuar e a sua estrutura verbal cuidada reservam seguramente ao autor, um lugar de sucesso no campo da literatura portuguesa. Foi uma boa surpresa!

Blair – A Moral e o Poder


Com apenas 28 anos de idade, Bernardo Pires de Lima aplicou todos os seus conhecimentos adquiridos ao longo dos últimos anos na área das relações internacionais nesta obra trazida até nós pela Guerra e Paz. Como o próprio título indica, o tema central será a figura de Tony Blair e o período de dez anos em que a sua influência mais se fez sentir enquanto líder da política externa na Grã-Bretanha. Os seus reflexos na Europa e no Mundo nunca mais serão esquecidos. Com prefácio de José Lamego, fazendo uso de uma compreensão algo crítica dos acontecimentos, mas sem emitir juízos de valor, o autor explora em seis capítulos uma década de política externa dos trabalhistas a nível nacional e internacional. A “ousadia intelectual” do autor foi o ingrediente decisivo na construção de “Blair – A Moral e o Poder”. Do final da Guerra Fria a Maastricht, passando pelo Kosovo e Iraque, aqui se prova que escrever sobre a história do presente é possível e, acima de tudo, fundamental para o futuro de todos nós enquanto cidadãos do mundo.

Assim Matam os Portugueses


Para ajudar a compreender dez dos crimes que chocaram Portugal, surgiu “Assim Matam os Portugueses” de Ricardo Marques, reputado jornalista da imprensa escrita. Ao depararmo-nos com uma prosa fluida e leitura fácil, torna-se difícil largar este livro. Os capítulos sucedem-se numa interligação coerente. A abordagem do autor permite-nos estabelecer relações entre os vários casos abordados e compreender as inquietudes daqueles que os protagonizaram e investigaram. Indo além do relato jornalístico, o autor explica as próprias técnicas policiais de investigação pericial e a importância do pormenor na descoberta da identidade do criminoso. Todos recordam o caso do cabo da GNR que matou três jovens raparigas, ou de Maria das Dores, cuja ganância a levou muito além da fama quando planeou a morte do seu marido. Estes e outros, resolvidos ou por resolver, são alvo da reconstrução sem juízos do autor. Para Francisco Moita-Flores, que prefacia esta original obra da Esfera dos Livros, este livro “conduz-nos às entranhas do homicídio”, o crime “mais temido por qualquer cidadão”.

O Meu Primeiro Portugal


Para que os mais jovens compreendam e gostem de Portugal e da sua história, a Dom Quixote publica “O Meu Primeiro Portugal”. Com o texto rico e pleno de José Jorge Letria e a ilustração simbólica de Henrique Cayatte, pequenos e graúdos têm à sua disposição uma obra que a todos ajudará a compreender o passado e pôr os olhos no futuro. Conceitos como “pátria”, “saudade”, “povo”, “passado” e “destino” ficarão mais próximos de todos o que saborearem esta história ao som do próprio hino nacional, em CD incluso. Para ajudar a desenvolver o orgulho de ser português e de se pertencer a uma pátria cheia de História e histórias, este é o livro certo. Com o texto escrito na primeira pessoa, ficamos com a sensação de que a pátria, essa entidade superior mas difícil de concretizar, fala connosco, ao nosso coração, numa língua que será sempre nossa. De Miguel Torga a Camões, assistimos a uma obra curta que se torna a mais abrangente de todas. Termina com a cronologia de algumas datas da História de Portugal, do ano 711 ao de 2007. Para além d’A Portuguesa, a bandeira em que o vermelho e o verde se completam está também incluída neste livro de afectos.

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Jogo de Mãos


Nora Roberts é uma das escritoras românticas mais lidas da actualidade. As suas histórias continuam a não desiludir o seu público e este será certamente o caso de “Jogo de Mãos”, publicado pelas Edições Chá das Cinco. Mergulhe nesta história emocionante, passada no mundo da magia e da ilusão. A estas, juntam-se o mais puro dos sentimentos, o amor, e as mais cruéis das atitudes: a chantagem e a vingança. Acompanhe o crescimento do clã Nouvelle, os seus espectáculos de magia, a sua compaixão pelos mais fracos e luta pela unidade familiar. Mas também as suas apostas arriscadas após os espectáculos onde a habilidade de mãos e coordenação assumem um papel decisivo. O elo que une todas as personagens e todos os mundos, do espectáculo à política, será a história de amor entre Roxanne e Luke, cão e gato em crianças, companheiros indivisíveis em adultos. O homem e mágico fabuloso em que Luke se tornara, após ter sido recolhido pela família Nouvelle aos doze anos, não conseguirá, no entanto, impedir que o seu passado o volte a perseguir. Ver-se-á obrigado a desaparecer, regressando anos depois para cumprir, finalmente, o seu destino, ser feliz…

O Livro da Hipertensão


Para conhecer, prevenir e tratar um dos maiores problemas de saúde da população portuguesa, chegou “O Livro da Hipertensão”, que resulta da parceria entre a jornalista Cláudia Borges e o médico Pedro Marques Silva. Para além de poder ficar a conhecer os números da hipertensão em Portugal, o leitor poderá ainda recolher inúmeras dicas de comportamentos saudáveis que poderão prevenir o aparecimento e controlar esta doença. Uma coisa é certa, cura não existe. Ao longo de cinco capítulos e inúmeros subcapítulos de linguagem clara e ilustrações elucidativas, ficaremos a compreender a hipertensão arterial e as suas consequências, entre as quais o AVC. Seguem-se as formas de tratamento e conselhos quanto a mudanças no estilo de vida e, em último recurso, a medicação. Na parte final, o livro desfaz alguns mitos relativos à doença e apresenta um glossário esclarecedor. Com o apoio científico da Fundação Portuguesa de Cardiologia, a Esfera dos Livros traz até nós mais um guia fundamental na área da saúde.

Ser Bom Aluno, Bora Lá?


Este livro do professor Jorge Rio Cardoso assume-se, essencialmente, como um livro de método. Uma boa ajuda para os estudantes que se querem tornar alunos de excelência e que não esperam depender de vir a ganhar o Euromilhões para serem alguém de sucesso. Trata-se do livro perfeito para oferecer ao aluno com dificuldades ou aos pais preocupados com o aproveitamento dos filhos. Segundo o autor, resolvidos os problemas do método de estudo, o aluno poderá atingir objectivos e obter bons resultados, sem nunca comprometer aspectos de socialização próprios da adolescência. Em “Ser Bom Aluno, ‘Bora Lá?”, o discente poderá aprender a organizar o seu estudo, a comportar-se na escola, a evitar os erros mais frequentes e a preparar o momento das avaliações. Este guia da Guerra e Paz conta ainda com o prefácio de Jorge Braga de Macedo e com os testemunhos de alunos de vários níveis. O último capítulo do livro apresenta alguns exemplos práticos de como tirar apontamentos eficazes, responder de forma directa ou exaustiva a questões de testes e exames e a tirar o melhor partido do próprio enunciado. Recomenda-se!

Amor, Poder e Violências na Intimidade


A psicóloga Sofia Neves tem dedicado muito do seu trabalho a diversos movimentos de activismo social na área dos Direitos das Mulheres. Em 2006, conseguiu com este livro, resultante da sua tese de Doutoramento, ser galardoada com o prémio Mulher Investigação “Carolina de Michaelis de Vasconcelos”, que distingue o melhor estudo de investigação e análise da situação das mulheres em Portugal. A autora apresenta aqui novas formas de olhar e de compreender as relações íntimas de mulheres heterossexuais (vítimas ou não), as suas experiências (na inter-relação entre o amor, o poder e a violência) e a forma como gerem essas vivências. Partindo de uma fundamentação teórica, a autora aborda as relações de intimidade, o conceito de poder e violência e a sua aplicação na intimidade. Os últimos capítulos são dedicados à apresentação de estudos empíricos e à sua discussão e reflexões finais. “Amor, Poder e Violências na Intimidade”, publicado pela Quarteto, prova que é possível à Psicologia construir uma forma alternativa de intervenção ligada à sociedade e, assim, mais comprometida com a mudança social.

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

O Cisne Negro


Afinal, o que sabemos nós acerca do que não sabemos? É a resposta a estas questões que o autor Nassim Nicholas Taleb procura dar ao leitor em “O Cisne Negro”. Partindo do princípio que o inesperado é possível, podendo estar oculto e invisível, devemos esperá-lo a qualquer momento. Temos, por isso, de estar preparados para qualquer situação. Por outro lado, nem sempre o inesperado é mau. Com efeito, “a maioria dos descobrimentos revolucionários é fruto de acontecimentos fortuitos e imprevisíveis, mais do que do planeamento”, afirma o autor. O mundo moderno está, assim, dominado pelo improvável e pela incerteza como riquezas repentinas, terramotos, guerras, ataques terroristas ou flutuações nos mercados financeiros. Taleb confirma que temos de “aprender a conviver de forma positiva com o inesperado, preparar as nossas empresas e profissionais para isso”. Não fazer projecções acima dos cinco anos, aceitar as coisas como elas são, fazer exercícios de preparação para os possíveis inesperados e ter em mente os seus possíveis prejuízos ou benefícios. São estas as principais recomendações deixadas nesta obra de referência das Publicações Dom Quixote.

O Turno do Escriba


Vencedor do Prémio Alfaguara 2005, um dos maiores galardões atribuídos a obras em língua castelhana, “O Turno do Escriba” chega ao público português pela editora Campo das Letras. As autoras, Graciela Montes e Ema Wolf, naturais de Buenos Aires, recuperaram a história de Rustichello de Pisa, escrivão das mais importantes casas europeias do século XIII. Quase quinze anos depois de ter sido feito prisioneiro de guerra pelos genoveses, Rustichello ganha na prisão a companhia do grande Marco Polo. Encontra, assim, uma nova forma de viver o seu destino cruel. Começa a redigir os fantásticos relatos do seu novo companheiro, que dariam origem ao “Livro das Maravilhas do Mundo”. Esta obra secreta permite a Rutichello reviver, para lá dos muros da prisão, as aventuras de Marco Polo. O acto da escrita surge como meio para atingir a liberdade e voar para lá das limitações da sua cela. Esta é uma história para todos os que valorizam o acto de escrita como uma preocupação, uma procura de explicações e razões para chegar ao conhecimento.

O Existencialismo e a Sabedoria das Nações


Em 1945 Jean-Paul Sarte e Simone de Beauvoir fundaram a revista “Les Temps Modernes”, de onde foram extraídos os textos que integram esta obra. A solidariedade com que a autora intervém nas mais variadas situações torna-se objecto de pensamento e reflexão na sua escrita. “O Existencialismo e a Sabedoria das Nações” parte lugares comuns como “longe da vista, longe do coração” ou “enquanto se é novo, é tudo muito bonito”, apontando para a necessidade de reflectir sobre os mesmos. Este constante questionar do incoerente e da teoria do omnipresente, que oferecem ao homem uma imagem de si destinada a confundi-lo, motivam a autora ao longo da obra. Através da arte maior da filosofia, a capacidade de pensar e reflectir, a autora confia essencialmente na condição humana. O homem deverá recusar a mentira e a resignação como formas de consolação. Para Michel Kail, responsável pela apresentação desta obra da Esfera do Caos, esta é uma lição de leitura intemporal. O pensamento de busca e de rigor da autor dar-nos-á a coragem de questionar a nossa situação actual com o mesmo vigor.

Padre António Vieira - Grandes Pensamentos


A Gradiva oferece agora aos seus leitores uma compilação dos “Grandes Pensamentos” do Padre António Vieira. Através desta cuidadosa selecção e compilação de adágios, aforismos e pensamentos, coordenada por José Eduardo Franco, podemos ter acesso ao imenso universo da oratória vieirina. As frases seleccionadas a partir das obras do Padre António Vieira, devido à sua profundidade e significado, constituem para nós, enquanto cidadãos, uma referência e uma inspiração. Versando temas como o Amor, Deus, o Homem, a Paz, a Guerra, o Perdão, a Verdade, o Futuro, a Liberdade e até a Vaidade, entre muitos outros, as ideias veiculadas conseguem analisar a realidade de forma poderosa e intemporal. Na segunda parte desta obra, as ideias são apresentadas em oposição, como Amor versus Ódio, Bem versus Mal, Corpo versus Alma ou Guerra versus Paz. A viver cada vez mais num mundo onde é necessária a reflexão, a sabedoria do Padre António Vieira, construída do contacto com povos e culturas diferentes, poderá ser uma inspiração para cada um de nós.

quinta-feira, 31 de julho de 2008

Legumes Sem Desculpas


A parceria entre o médico Fernando Póvoas e e chef Henrique Sá Pessoa, com a luminosa fotografia de Nuno Correia, resultou em “Legumes Sem Desculpas”, um harmonioso conjunto de deliciosas receitas para uma alimentação equilibrada. Para desmistificar, a miúdos e graúdos, a ideia de que os legumes não são saborosos e apetecíveis, os autores criaram com os melhores ingredientes as receitas mais indicadas para o efeito. Organizadas e equilibradamente distribuídas por sete capítulos, as opções são variadas e para todos os gostos. Dos canapés (para quem gosta de ter pouco trabalho) às sanduíches (para preguiçosos), passando pelas sopas (até para quem não gosta de sopa), saladas (até para os que não sabem fazer uma salada), legumes para as crianças (que dizem sempre “não gosto”), o livro culmina nos sumos, batidos e sobremesas (para os dias mais azedos). É a sugestão mais adequada da Esfera dos Livros para a cozinha deste Verão.

A Grande Arte


Rubem Fonseca tem desempenhado um papel fulcral na valorização da literatura brasileira em todo o mundo. Com “A Grande Arte”, publicada pela Campo das Letras, voltamos a ter a oportunidade de ler uma história sem pressas ou atropelos, uma autêntica paródia aos romances policiais de outrora. Aqui assistimos ao processo de decadência da grande metrópole que é a cidade do Rio de Janeiro. Nesta trama policial, reencontramos Mandrake, personagem inesquecível da literatura brasileira. O advogado percorrerá a cidade na sombra, investigando os misteriosos crimes perpetrados contra prostitutas, a quem é deixada sempre a mesma marca peculiar: a letra P inscrita no rosto. Na obra, o desejo sexual e todas as coisas que dão prazer não merecem sequer ser questionados pelo criminoso. Caberá a Mandrake investigar a única pista que aquele deixa para trás, a sua caligrafia macabra, desenhada a bisturi feito de material de alta qualidade. Nesta narrativa ímpar e de precisão, o leitor poderá assumir o seu próprio papel nesta investigação. Basta que ouça com atenção todas as personagens…

O Rio e o Seu Segredo


Com toda a sua vida dedicada à música, Zhu Xiao-Mei é conhecida no mundo inteiro como uma pianista virtuosa. Com esta obra, recentemente publicada pela Guerra e Paz, venceu o Grand Prix des Muses. Nitidamente auto-biográfico, “O Rio e o Seu Segredo” mostra como a música nasceu com a autora e como a veio a salvar da opressão. Forçada a enfrentar e a aderir à revolução maoista, foi enviada para um campo de reeducação, de modo a que desaparecesse de si todo e qualquer gosto e desejo pela música, restando apenas a adoração a Mao. Mas mesmo aí, a força da música viria a imperar através de um velho acordeão, que lhe devolveu algumas notas milagrosas, amenizando os dez anos de luta e exílio que se seguiriam. O leitor tem agora o privilégio de acompanhar a história desta mulher excepcional, de entrar na sua vida de avanços e recuos, de lutas e, acima de tudo, vitórias. Para além disso, poderá também contactar com alguns dos preceitos da revolução cultural chinesa, pelos olhos de Zhu Xiao-Mei, construindo a sua própria visão dos acontecimentos do passado.

O Despertar da Magia


A literatura fantástica é para muitos a opção de leitura para as férias de Verão. Para quem já conhece os primeiros três volumes das Crónicas de Gelo e Fogo, de George R. R. Martin, nomeadamente “A Guerra dos Tronos”, “A Muralha de Gelo” e “A Fúria dos Reis”, pela Saída de Emergência, “O Despertar da Magia” é a continuação da saga da guerra pelos Sete Reinos, da qual o leitor assíduo não deverá querer perder pitada. Da primeira à última página, o autor consegue, uma vez mais, que nos agarremos à história e entremos nela com o mesmo espírito lutador e combativo das personagens Arya, Sansa, Robb ou Daenerys. Desde os pormenores de descrição da batalha pela capital de Porto Real, ao ataque das fortalezas no Norte, passando pela conquista do castelo de Winterfell, não faltará também o conflito humano entre honra, morte e traição. Em suma, trata-se de uma batalha de peso entre o amor e o ódio que invadirá também o coração do leitor. Pessoalmente, ultrapassa até o génio da literatura fantástica (Tolkien), na capacidade de manipulação do leitor e das suas expectativas em relação à evolução da história. É de perder o sono!

quinta-feira, 24 de julho de 2008

A Felicidade Mora ao Lado


Jill Mansell desde há muito que habituou os seus leitores a histórias românticas com personagens bem construídas e encantadoras. “A Felicidade Mora ao Lado” não foge à regra e revelou-se um prazer de leitura desde a primeira à última página, impossível de colocar de lado. A história tem início com o estranho presente de Natal de Nancy, um cortador de relva, oferecido pelo seu marido… Afinal, o recibo de uma jóia que encontrara no bolso dele não garantiu que a jóia fosse para si. Surpreendida e confusa com os súbitos acontecimentos, Nancy parte para Londres a convite da sua amiga Carmen que, desde a morte do seu marido, se sentia bastante sozinha. Ambas irão despertar para duas novas vidas e descobrir que ainda vale a pena sonhar e lutar pela felicidade. Nancy suspira ao lado de Connor O’Shea, enquanto Carmen sente arrepios perto de Joe. Pena que por trás de todo o charme de Joe, se esconda uma personalidade obscura e segredos perigosos. As Edições Chá das Cinco trazem até nós uma fantástica leitura para este Verão, sempre com sexto sentido.

Colesterol: Nunca Mais


A colecção Saber Viver das Publicações Europa-América volta a contribuir para o nosso bem-estar com o livro “Colesterol: Nunca Mais”. Neste auxiliar de boas práticas de vida é possível encontrar informação sobre as origens do colesterol que, apesar da sua importância na protecção das células e fabrico de vitamina D, também aumenta o risco de aterosclerose, enfartes, AVCs, embolia e artrite. Aleth Thomas, a autora, define então as quatro regras de ouro para uma alimentação adequada, entre outros conselhos para uma vida saudável, o papel de alguns medicamentos e a importância da prevenção do aumento dos níveis de colesterol. A obra, clara, bem estruturada, acessível e de fácil consulta, culmina com um capítulo de receitas anti-colesterol, entre as quais se destacam as sopas, saladas, e pratos saudáveis e refinados como “Filetes de truta fumada sobre folhinhas de espinafre”, “Tigelada de legumes de Verão, “Mousse de bacalhau fresco com pontas de espargos” ou “Papelotes de coelho com mostarda”. Chegou definitivamente a hora de dizer não ao colesterol e cuidar da saúde.

Galileu


Trata-se de mais uma biografia de excelência publicada pela Europa-América. Da autoria de Michael White, “Galileu, O Anticristo” caracteriza um dos maiores nomes da ciência mundial de todos os tempos que ousou falar e confiar em si próprio quando outros permaneceriam em silêncio. Neste livro percebemos como Galileu foi uma das figuras centrais da Revolução Científica e a razão de ter sido, para muitos, um verdadeiro mártir. Apesar das tentativas da Inquisição para o silenciar, Galileu conseguiu sempre afirmar-se, mesmo enquanto músico e artista. No entanto, a sua vida terminaria na miséria, doença e reclusão da prisão domiciliária a que tinha sido condenado, na companhia dos seus livros e ideias proibidas. A obra, resultado de aturado trabalho de investigação e reflexão, põe a nu a conspiração que terá resultado na denúncia de Galileu. As suas ideias ultrapassariam em muito a ciência, podendo vir a ameaçar as próprias bases do Catolicismo numa época em que a Igreja mostrava fragilidades.

As Paredes Têm Ouvidos


“As Paredes Têm Ouvidos”, da Campo das Letras, apresenta em banda desenhada uma história que gira em torno do edifício ex-sede da PIDE, na Rua António Maria Cardoso. Trata-se da visão do autor italiano Giorgio Fratini quanto aos acontecimentos antes e depois da Revolução de Abril de 1974. Quando se descobre que o edifício que foi palco de sofrimentos, torturas e crueldades está prestes a ser transformado em apartamentos de luxo e lojas, as reacções diversas sucedem-se e contrapõem-se. Através dos traços e tons do autor em cerca de cem páginas, o leitor tem agora a oportunidade de ver os seus próprios conflitos pelos olhos de um arquitecto estrangeiro e perceber que, também noutros países, foi sentida e reconhecida a ditadura em Portugal. À semelhança de outros países, a questão da perda de memória de um lugar é um tema já tratado na literatura. Aqui, a inovação reside no facto de a questão ser tratada sob a forma de banda desenhada. Termina com uma breve cronologia do período revolucionário e com uma nota do tradutor e crítico literário Roberto Francavilla.

quarta-feira, 25 de junho de 2008

O Cozinheiro do Rei D. João VI


Pela mão da Esfera dos Livros, o prestigiado chefe de cozinha Hélio Loureiro, conhecido pelo trabalho desenvolvido no Porto Palácio Hotel, pelo programa “Gostos e Sabores” da RTP-N e colaboração com revistas da especialidade, estreia-se agora enquanto romancista com “O Cozinheiro do Rei D. João VI”. Mais uma vez, o período das invasões francesas em Portugal, a fuga da corte para o Brasil e o início do regime liberal servem de pano de fundo para uma história onde os ingredientes, aromas e temperos se misturam com as intrigas da corte. António Vale das Rosas servirá a D. João VI as mais belas e requintadas iguarias, desde entradas e sopas, doces e carnes, conquistando assim o apreço e consideração do rei. A certa altura, o protagonista será confrontado com uma verdadeira teoria da conspiração, ficando nas suas mãos o destino do país e do seu rei e amigo. Entrecortadas com a história, surgem deliciosas receitas que irão certamente aliciar o leitor a tentar a sua sorte no mundo da cozinha e a sentir-se um verdadeiro rei…

Antologia Pessoal da Poesia Portuguesa


A editora Campo das Letras reúne nesta obra a selecção pessoal do escritor Eugénio de Andrade no que respeita à poesia portuguesa. Desde o século XIII à actualidade, muitos são os nomes e textos eleitos. De Dom Dinis a Gil Vicente, de Bernardim Ribeiro a Camões, passando por Bocage, Antero de Quental, Cesário Verde, e pelo grande e único Fernando Pessoa. Já mais perto dos nossos dias, Miguel Torga, Sophia de Mello Breyner, Carlos de Oliveira, Cesariny, António Ramos Rosa, Herberto Helder e Ruy Belo, entre outros, são alguns dos poetas que marcam presença nesta recolha de Eugénio de Andrade. Esta “Antologia Pessoal da Poesia Portuguesa” pode constituir para os leitores e apreciadores do género um ponto de referência, onde se podem ler ou reler as palavras que construíram a nossa identidade e património literário. De notar que se trata de uma encadernação de capa dura e de grande qualidade, merecedora de fazer parte de qualquer biblioteca que se preze.

Mil Amarras Me Prendem À Vida


Silvia Bonino, professora de Psicologia do Desenvolvimento na Universidade de Turim, apresenta em “Mil Amarras Me Prendem À Vida” uma reflexão em vários capítulos sobre a doença crónica e todas as suas implicações na esfera pessoal do doente, desde a família ao trabalho, passando pela relação com os outros e com o seu íntimo. Partindo de considerações científicas rigorosas e do seu próprio problema de saúde, a autora decide escrever este livro após conhecer uma outra mulher, seguida no mesmo hospital. Em cinco grandes partes, a autora debruça-se sobre o papel do doente enquanto actor da sua própria evolução e adaptação, o sentido da vida, a reconstrução da identidade, aspectos de importância psicológica como a culpabilidade do doente, o cansaço, a depressão, mas também o optimismo e a força do pensamento, a relação terapêutica e, finalmente, as problemáticas dos relacionamentos do doente. Pela Quarteto Editora, chega até nós este útil instrumento para ajudar a aprender a “(con)viver com a doença”, seja ela qual for.

O Meu Nome É Salma


Da colecção Contemporânea das Publicações Europa-América, o romance “O Meu Nome é Salma", da autoria de Fadia Faquir, narra a história de uma mulher muçulmana cuja honra foi violada por ter vivido a experiência do amor proibido e que foi forçada ao exílio. Por ter engravidado antes de casar, Salma vê a sua filha ser-lhe arrancada dos braços e, já de honra manchada e para sua própria protecção, é obrigada a mudar-se para a cidade sombria de Exeter, na Inglaterra. Se não o fizesse, poderia vir a ser morta pelo próprio irmão para salvar a honra da família. Apesar de se adaptar ao modo de vida ocidental, aprendendo os costumes e as maneiras dos europeus com a sua senhoria e com o seu companheiro, Salma não consegue arrancar do coração nem da lembrança o choro da sua bebé. Quando a angústia se torna insuportável, decide regressar à aldeia do Levante, para a procurar. Numa viagem de tudo ou nada, desafiando um destino há muito traçado, Salma reunirá todas as suas forças e coragem tendo em vista um único fim. Uma história tão intemporal como os próprios sentimentos de amor e o ódio.

quarta-feira, 4 de junho de 2008

No Fundo de Uma Garrafa de Whisky


Jorge Lobo começou a beber aos nove anos e a trabalhar em rádio e no mundo da noite como DJ aos quinze. As discotecas de Leiria abriram-lhe as portas, encontrando-se hoje a trabalhar no Beat Club. Desde tenra idade bebia álcool diariamente e, no pico da sua dependência, chegou às duas garrafas de whisky por dia. Só alcançou o sossego à décima tentativa de desintoxicação, no Centro Regional de Alcoologia em Coimbra, corria o ano 2000. “No Fundo de Uma Garrafa de Whisky”, chancela da Guerra e Paz, constitui um livro essencial para entender o mundo do álcool em Portugal, prevenir o seu consumo e, em última instância, recuperar alcoólicos. A história de Jorge Lobo, igual a tantas outras, relatada em estilo vivo por Nuno Henriques, estudante de Jornalismo, conta ainda com os testemunhos preciosos de alguns profissionais de saúde como o médico João Castel-Branco Goulão, Presidente do Conselho Directivo do Instituto da Droga e da Toxicodependência, que, no Prefácio ao livro, destaca o exemplo de persistência e coragem de Jorge Lobo. Para todos os que sofrem do mesmo tipo de problema, este livro é uma mensagem de esperança e uma prova de que o tratamento é possível.

O Povo-Luz e os Homens-Sombra – A Grande Travessia


Criada por Ana Zanatti, a trilogia “O Povo-Luz e os Homens-Sombra” chega ao seu terceiro volume com “A Grande Travessia”, fortemente relacionado com os anteriores “O Segredo da Romã” e “O Planeta Adormecido”. Assistiremos agora ao duelo decisivo entre o Génio da Luz e o Génio da Sombra que um grupo de crianças, liderado por Cassandra e Heleno tentarão impedir, numa aventura fascinante e decisiva para o futuro do Povo-Luz e para o seu próprio futuro. Na sua demanda serão confrontados com várias emoções e personagens que os ajudarão a adquirir coragem e determinação, numa derradeira mensagem de Paz, Compreensão e Amor. Para leitores dos 8 aos 88, esta história ilustrada por Carla Nazareth, prima pelos valores que transmite e pela riqueza de vocabulário. Os termos mais abstractos são muitas vezes explicados em pequenas notas laterais que impedirão os mais novos de perguntar constantemente “O que é…?”. Das Publicações Dom Quixote, esta é uma leitura fundamental para o Verão que se aproxima.

Que Tempo Fará Amanhã?


Integrado na colecção Fórum da Ciência, “Que Tempo Fará Amanhã?”, das Publicações Europa-América, é uma obra que procura responder a questões sobre o clima no ano de 2050, o degelo do Árctico e a irreversibilidade do aquecimento global. Quem procura dar as respostas é um grupo da jovem geração de investigadores. Em vinte capítulos, uns sob a forma de entrevista, outros de ensaio, estes especialistas na área de Climatologia e Meteorologia explicam como será o clima daqui a algumas décadas, devidamente apoiados nas observações que fizeram e na criação de modelos. As conclusões a que chegam estão longe de ser animadoras. A inundação de ilhas e zonas costeiras e a extinção de espécies animais e vegetais são factos a que dificilmente poderemos escapar. No entanto, a discussão quanto às causas e consequências do aquecimento do planeta promete continuar, dada a diversidade de pontos de vista. É ainda de destacar, no final da obra, a lista de sites na internet relacionados com a temática e a lista de vocabulário específico utilizado ao longo do livro.

Os Retornados – Um Amor Nunca Se Esquece


“Os Retornados – Um Amor Nunca Se Esquece” é o romance de estreia de Júlio Magalhães, publicado pela Esfera dos Livros. Trata-se de um regresso à sua terra natal, Angola, onde o autor terá vivido os melhores anos da sua vida. O leitor é conduzido através de uma história de amor que tem como pano de fundo a descolonização portuguesa dos países africanos. Em Outubro de 1975, Carlos Jorge, o protagonista, acompanhado pela sua mulher e filhos, deixa para trás parte da sua vida, rumo a um país que não via como a sua pátria e que seria completamente desconhecido para os seus filhos. A família de Carlos Jorge foi apenas uma dos milhares de famílias que entre 1974 e 1975 fizeram a ponte aérea entre Angola e Portugal. Foram inúmeros os portugueses que tiveram de abandonar tudo, desde as casas, o emprego e até os amigos. Tinham de fugir à violência, à luta entre os vários movimentos independentistas que espalhariam o caos e o terror em Angola, aquele que sempre fora considerado como a jóia do império português. Esta dura realidade espanta Joana, a hospedeira que não conseguiu esquecer o olhar determinado de Carlos Jorge durante a viagem para Portugal. A história dos dois não ficaria por ali…

quarta-feira, 21 de maio de 2008

Quando o Sol se põe em Machu Pichu


Luís Novais, o autor de “Quando o Sol se põe em Machu Pichu”, é um jovem e prometedor romancista no actual panorama literário português. A sua linguagem, sincopada mas simultaneamente visual, é capaz de aproximar a acção descrita com a reflexão das próprias personagens. E a aventura que o espera poderá vir a devolver-lhes a capacidade de sonhar, algo que há muito julgavam perdido e que todos nós, no mundo ocidental que habitamos, há muito deixámos de alimentar. Um grupo de pessoas parte numa expedição até à cidadela de Machu Pichu. O sonho de um deles é encontrar uma cidade perdida nos Andes, que se diz ficar dentro de uma montanha. Em destaque aparece um famoso disco solar em ouro maciço, procurado desde os tempos do colonizador Pizarro e nunca encontrado. A demanda devolverá aos intervenientes a capacidade de sonhar e, consequentemente, a força para agir e assim, em última instância, resistir à barbárie em que o mundo actual se tornou. Mais do que uma aventura de viagens, esta história, publicada pela Esfera do Caos, atinge o patamar do romance filosófico, apresentando uma reflexão sobre o nosso próprio percurso civilizacional.

Viver o Sexo com Prazer


Nos últimos anos, o papel de Marta Crawford, psicóloga especializada em sexologia clínica, tem sido preponderante na educação sexual dos portugueses. Foi sobejamente divulgado o livro “Sexo Sem Tabus”, bem como os programas “AB Sexo” e “Factor M”, todos da sua autoria. Agora surge, uma vez mais pela mão da Esfera dos Livros, “Viver o Sexo com Prazer” que, em apenas um mês alcançou a 2.ª edição. Neste guia da sexualidade feminina, mulheres e homens poderão descobrir novas formas de viver a sua sexualidade, sem medos nem preconceitos. Trata-se de um conjunto de indicações e sugestões que, de forma simples, directa e explícita, bem ao estilo da autora, poderão continuar a transformar a vida íntima e a mentalidade dos portugueses. Neste livro, fica patente que existem várias formas de a mulher viver a sexualidade, cada uma delas de acordo com a fase da vida em que se encontra, desde as transformações da adolescência, passando pela gravidez, menopausa e terceira idade. Destaca-se o capítulo dedicado à protecção da mulher, através dos vários métodos contraceptivos, e a interrupção voluntária da gravidez. No seu género, este livro de Marta Crawford é o mais actual.

Sebenta Criativa


Integrada na colecção Biblioteca Universitária, das Publicações Europa-América, esta “Sebenta Criativa para Estudantes de Jornalismo”, da autoria de Luís Carmelo, apresenta os mais importantes fundamentos teóricos dos vários géneros jornalísticos, podendo também ser utilizada como apoio para uma oficina de escrita. Destina-se essencialmente a estudantes de jornalismo e jornalistas em início de carreira que aqui poderão encontrar exercícios adequados a cada tema, desde a entrevista, reportagem, crítica, editorial e comentário, aos textos de viagem, de divulgação e jornalismo online. No último capítulo, ou bloco, como nos é apresentado, os leitores são desafiados a cruzar os vários géneros jornalísticos trabalhados até então, com o objectivo de criar um texto transversal. De notar a pertinência e a escolha criteriosa de cada exemplo levada a cabo pelo autor que em muito poderão ajudar o leitor a fazer a ponte entre a teoria e o que se pretende que um dia venha a construir e que, entretanto, poderá praticar.

Manual de Gastronomia


O “Manual de Gastronomia” constitui mas uma novidade da Civilização Editora para o sector da hotelaria e restauração. Sendo de especial interesse para estudantes e formadores da área, poderá ser também um auxiliar precioso para outros profissionais que, diariamente, gostem de confirmar procedimentos e modos de confecção dos mais variados alimentos. Desde a carne, ao peixe, passando pelas aves, legumes, sobremesas, acompanhamentos e entradas, os recursos deste manual são muito vastos. Destaque-se a secção final dedicada à cozinha internacional, com sugestões de pratos exóticos e bastantes diferentes da nossa tradição, e o glossário onde podemos encontrar os termos mais úteis e recorrentes que permeiam a linguagem utilizada por qualquer grande chefe. Da autoria de Albano Marques, esta é mais uma obra de referência para todos os que buscam a excelência no prato.

segunda-feira, 5 de maio de 2008

A Arca Perdida da Aliança


Por muitos conhecido como o “Indiana Jones britânico”, o professor Tudor Parfitt tem dedicado toda a sua vida a encontrar tribos perdidas em lugares remotos, em expedições que vão desde a Israel à Papua Nova Guiné. Neste livro, Parfitt consegue aliar os princípios rigorosos que pautam a sua vida académica com o drama e o detalhe da sua veia de escritor. O resultado é um romance policial lúcido, hipnotizante e de excelência. Quanto ao assunto em questão, como o título indica, trata-se da história da Arca da Aliança, que se pensava perdida há mais de 2500 anos. Aquele que se pensava ser apenas um mito bíblico foi finalmente descoberto após uma aventura que ocupou cerca de 20 anos da vida de Tudor Parfitt. Com traços indiscutíveis de guia de viagens, tédio é termo que o estilo de “A Arca Perdida da Aliança” recusa liminarmente. Inegável é também o carácter controverso do lugar apontado para a localização da arca. A ilustrar esta aventura temos, na parte central, um conjunto de fotografias da expedição do autor. Ler esta obra será acompanhá-lo por todos os perigos e descobertas empolgantes. Trata-se de uma edição dos Livros d’Hoje, chancela das Publicações Dom Quixote.

Marechal Costa Gomes


A figura emblemática do Marechal Costa Gomes é-nos apresentada em biografia pelo historiador Luís Nuno Rodrigues. Numa recente publicação da Esfera dos Livros, ficamos a conhecer o papel que Costa Gomes desempenhou nos últimos anos de ditadura e durante o Processo Revolucionário em curso (PREC) após a Revolução do 25 de Abril. Em “Marechal Costa Gomes – No Centro da Tempestade”, uma biografia organizada em capítulos curtos e de fácil leitura, acompanhamos o percurso do jovem aluno do Colégio Militar, o mesmo que Marcelo Caetano viria a escolher para chefiar as Forças Armadas e aquele que os capitães de Abril escolheriam para liderar o novo regime. Ao substituir António de Spínola na presidência, Costa Gomes foi exemplo de moderação entre as várias forças que disputaram o controlo de Portugal em tempos muito delicados. Conseguiu evitar o despoletar de uma guerra civil, contribuindo para a instauração de um verdadeiro regime democrático. Esta publicação de luxo em capa dura é ainda enriquecida por dois conjuntos de fotografias do Marechal entre 1971 e 1976, propriedade do Arquivo Nacional Torre do Tombo.

Montparnasse – Até ao Esgotamento das Horas


O excesso da década de 60 em Paris serve de mote a Vasco de Castro para a construção do romance “Montparnasse – Até ao Esgotamento da Horas”. Forçado ao exílio na capital francesa entre 1961 e 1974, aí colaborou como desenhador satírico em vários títulos da imprensa francesa. Foi também aí que fundou uma editora e várias publicações políticas de esquerda. Na primeira pessoa, Vasco de Castro descreve as experiências excessivas de um lugar e época únicos: Montparnasse nos anos 60. Para além dos rigores a que o exílio o votara, o que mais fascina nesta obra é o clima de festa permanente que a perpassa. Pessoas de origens e interesses múltiplos, sedes e associações pitorescas, reuniões e discussões políticas pela noite dentro, até que as horas se esgotassem. Mesmo para quem não viveu todas estas experiências na Paris da década de 60, este documento trazido até nós pela Campo das Letras consegue transportar-nos com rigor para o centro de um mundo frenético, para o centro do verdadeiro mundo até ao inevitável regresso a Portugal.

Manual de Hotelaria


Esta é uma verdadeira obra de referência para formadores, profissionais e estudantes da área de hotelaria. Da autoria de Albano Marques, “Manual de Hotelaria – Políticas e Procedimentos”, é uma das novidades da Civilização Editora para o sector. Completo, rigoroso e pormenorizado, só assim podemos qualificar o conteúdo deste manual que aborda, para além de outros temas gerais de hotelaria, o funcionamento da administração, comunicação, equipamentos, direcção, informática, alimentos, bebidas, hospedagem, recursos humanos e segurança. Inclui ainda um glossário de termos de hotelaria, muitos de origem estrangeira. Aspectos como a organização e a disciplina são levados ao extremo pela preponderância que têm nesta área. Quanto maior for o cuidado e o empenho, mais elevada será, assim, a qualidade do serviço prestado. É este o objectivo essencial de uma obra que constitui uma ajuda fundamental para que os responsáveis hoteleiros atinjam as suas metas de qualidade.

quarta-feira, 23 de abril de 2008

Tenho 13 Anos, Fui Vendida


O jeito inocente de cada frase, a simplicidade de cada capítulo e a força do conjunto que compõe esta obra fez de “Tenho 13 Anos, Fui Vendida”, da autoria de Patrícia McCormick, um dos cem melhores livros de 2006, de acordo com a revista Publisher’s Weekly, tendo sido, no mesmo ano, finalista do famoso National Book Award, na categoria de literatura juvenil, nos Estados Unidos da América. Em Portugal, chega até nós através da Editorial Presença.
A autora conta, com todo o impacto que provoca o relato na primeira pessoa, a história de Lakshmi, uma menina nepalesa de treze anos que se vê repentinamente transposta da sua pequena aldeia perdida nos Himalaias, onde brincava com a sua cabra de estimação e com a irmã bebé, para a cidade de Calcutá, na Índia. Tinha sido vendida pelo padrasto como escrava sexual, passada entre vários intermediários e acabara num bordel cujo nome é de uma ironia macabra para que se vê nele preso, a Casa da Felicidade. Obrigada a fazer tudo o que mais a repugna, entregue ao mundo da prostituição por um período de tempo incalculável, a sua obstinação e determinação serão suficientes para que consiga manter a sua coragem e integridade. A protagonista partilha as suas pequenas alegrias, bem como as agonias das colegas que a acompanham na sobrevivência diária. Tudo isto influirá decisivamente no seu destino. De enaltecer, a leveza da prosa incutida à pequena Lakshmi pela mão da autora.

A Rádio da Cidade Perdida


“A Rádio da Cidade Perdida” é o nome de um programa ouvido por toda uma região cujos contornos são indefinidos. A situação é a de uma guerra civil que transforma os quotidianos e deixa latentes incertezas. Em escombros ficam o governo, o país e, sobretudo, vidas, como a da própria Norma, locutora do programa. As poucas e frágeis certezas de que se tem conhecimento são transmitidas por Norma no seu programa: as listas de guerrilheiros desaparecidos e as chamadas dos seus familiares em desespero e em busca de esperança. Todas as semanas, milhares ouvem na rádio os nomes dos desaparecidos e que foram, provavelmente, engolidos pela cidade e pelos escombros deixados pela guerra. Enquanto pessoas perdidas se reencontram com os familiares, Norma esconde o seu próprio drama: o desaparecimento do seu marido no final da guerra. Tudo poderá mudar quando um jovem chega da selva com uma nova lista de desaparecidos onde consta o nome de Rey, o seu marido. Até que ponto esta nova pista será fiável? Caberá ao leitor segui-la e procurar comprová-la. Trata-se, no fundo, de uma história de amor em cenário de guerra, desde os escombros urbanos ao cenário mais exótico da selva impenetrável em todo o seu esplendor. O factor de unidade surgirá sempre pela frequência de rádio.
Esta história de Daniel Alarcón, publicada pela Europa-América, alerta ainda para as consequências ulteriores da guerra na sociedade, com toda a devastação física que implica, e no próprio indivíduo que, para sempre, sentirá na pele e na alma as suas feridas e cicatrizes, quer tenha sido participante, sobrevivente ou mero observador.

O que é Uma Ideia?



Da autoria de Nayla Farouki, filósofa e pensadora libanesa e autora de obras notáveis já publicadas, o livro “O que é uma Ideia?”, editado pelo Instituto Piaget, na sua colecção Pensamento e Filosofia, tenta responder a uma questão que todos os filósofos têm colocado ao longo da história: o que é uma ideia? Ao longo dos tempos, a pergunta continua a ser a mesma. No entanto, as respostas diferem e variam de filósofo para filósofo. Desde aqueles que pensam que a existência da ideia é independente daquele que a pensa, como Platão, aos que valorizam essencialmente as ideias morais ou as ideias científicas. Os desafios são, como se verifica, imensos. A autora discorre então sobre a panóplia de ideias que os filósofos tiveram sobre a essência da ideia. Os vários capítulos que se debruçam sobre a origem, a qualidade, o uso e a realidade das ideias, são ainda enriquecidos por um glossário final que elucida o leitor sobre vários conceitos filosóficos fundamentais como a alegoria da caverna, anamnese, dialéctica, empirismo, mundo das ideias, niilismo, pirronismo, solipsismo, tabula rasa, tese, antítese e síntese, entre muitos outros. De forma clara e acessível, de principal interesse para estudantes de filosofia, esta é uma obra sucinta e útil, quer para a preparação de testes como em pesquisas sobre a temática abordada.

segunda-feira, 14 de abril de 2008

A Ameaça Global


É provavelmente a obra mais actual sobre o conflito no Iraque. As crónicas reunidas em “A Ameaça Global”, escritas pelo General Loureiro dos Santos, especialista em questões de defesa, elucidam o leitor quanto aos últimos anos de guerra que assolam aquele país do Médio Oriente. Cada capítulo dedicado a cada um dos anos de guerra encontra-se subdividido em textos curtos, de leitura acessível, numa prosa concreta. As questões levantadas prendem-se com a estratégia levada a cabo pelos Estados Unidos da América no que concerne à sua actuação em solo iraquiano. Certo de que nesta guerra nunca haverá um vencedor e um derrotado claros, o autor apenas assegura que as acções dos EUA ainda arrastaram outros países para o conflito. Fazendo uso da sua capacidade de actuação global, os EUA iniciaram, prolongaram e influenciaram a guerra. No entanto, o arrastar dos acontecimentos veio a revelar também as vulnerabilidades e fraquezas desta super potência: atentados aos direitos humanos, deficiências militares, perda de eficácia noutras crises, entre outras. Grave será também o impulso que deu ao terrorismo global, protagonizado pela Al-Qaeda, que teve oportunidade de se reorganizar. A capacidade de intevenção inicial dos EUA contrasta, assim, com a sua actual dificuldade em concretizar objectivos. Trata-se de mais uma importante publicação da Europa-América.

Segredos


Uma história repleta de romance e suspense é o que Andrew Rosenheim nos apresenta em “Segredos”, publicado recentemente pela Civilização Editora. Redigida numa prosa elegante e cativante do primeiro ao último capítulo, o autor evidencia toda a sua inteligência sempre que consegue provocar mudanças súbitas na história. Desta forma, o leitor não encontrará muitos momentos de tédio ao longo do livro, sentindo-se motivado para uma leitura rápida e excitante. A história é a de Jack, um homem que leva a vida a tentar descobrir os segredos das outras pessoas, precavendo-se sempre quanto aos seus próprios segredos que, a serem descobertos, poder-lhe-ão custar a sua própria sobrevivência. No entanto, a vida preparava-se para o desviar da sua rota tão bem definida. Saído de São Francisco, na companhia de Kate, uma bela rapariga inglesa, decide deixar de recear tudo e todos e começar uma vida nova em Inglaterra. Mas, o seu passado não estava completamente enterrado, e os problemas começam a surgir quando menos espera. Incapaz de lhes fugir, a única solução será enfrentá-los e resolvê-los.

Incidentes Críticos na Sala de Aula


A editora Quarteto publica mais um instrumento útil para professores, psicólogos, estudantes de licenciaturas em ensino e até pais. Numa altura em que a violência nas escolas está na ordem do dia, a análise e discussão do problema encontram aqui um importante recurso que pode ajudar a todos na reflexão. A resolução adequada deste tipo de problemas constitui um ponto essencial para a qualidade de ensino. A violência e indisciplina, cada vez mais frequentes, são hoje em dia uma parte considerável das dificuldades sentidas pelos professores, principalmente os que estão em início de carreira. Tornam-se origem de desconforto e frustração, transformando por vezes um sonho de vida num pesadelo interminável. “Incidentes Críticos na Sala de Aula”, da autoria de Carlos Silva, Paulo Nossa, Jorge Silvério e Andreia Ferreira, é um manual prático que segue o método da Análise Comportamental Aplicada (ACA). Apresenta, contudo, uma sólida base teórica podendo servir de guia para a intervenção clínica. Esta obra constitui, portanto, um enriquecimento da bibliografia sobre o pertinente tema da psicologia educacional.